segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de maio de 2013
O funk não é modismo, é uma necessidade!
Fábio Ema e Toquinho (Manguinhos - RJ) Foto: André Fernandes |
A imagem foi gentilmente cedida por André Fernandes, fundador da Anf Notícias Das Favelas. Nela está escrito: "O funk não é modismo, é uma necessidade!"
A frase faz parte da letra do "Rap do Silva", escrita pelo MC Bob Rum. Estourou na metade dos anos 90 e virou um clássico do gênero que falava assim: "Ele era funkeiro, mas era pai de família / Era só mais um silva que a estrela não brilha".
O graffiti em questão faz parte do projeto "Histórias do Funk em Graffiti", realizado na comunidade de Manguinhos (RJ).
domingo, 12 de maio de 2013
Banksy
Napalm, 2004 Cortesia Schoeni Art Gallery |
De Londres a Palestina, o artista anônimo conhecido como Banksy já passou deixando sua marca. Mesmo que os tabloides ingleses afirmem a possível identidade verdadeira de Banksy, tudo ainda não passa de suposição. Embora não se possa afirmar que sua nacionalidade seja inglesa, é nesse país que se encontra sua base.
A revista Superinteressante chega a chamá-lo de "o anônimo mais famoso do mundo". A revista narra um episódio, no mínimo, representativo de nossos dias, reportado pela BBC de Londres, em 2009, ao entrevistar uma mulher chorando porque a prefeitura, insensivelmente, pintara por cima do graffiti que Banksy fizera no muro de sua casa.
Banksy alcançou o estrelato anônimo e o que se pode dizer com certeza é a irreverência, a capacidade crítica e provocativa de sua obra. Sempre sarcástico, ácido em seu humor, ele pinta críticas às autoridades, às guerras, ao consumismo. Utiliza-se principalmente do estêncil, onde a tinta spray é aplicada por cima de uma máscara recortada que pode ser de papelão ou outro material.
Destacam-se os estêncil da menina abraçando uma bomba, os policiais ingleses se beijando na boca, a Monalisa com fones de ouvido e segurando um bazuca, seus famosos ratos em diversas cenas, o Mickey e o Ronald Mcdonald de mãos dadas com a menina vietnamita chorando, nua e toda queimada pelas bombas Napalm, cena que ficou eternizada em filmagem de guerra.
Como diz seu livro livro Banksy - Guerra e Spray, "(...) É preciso muita coragem para levantar-se anonimamente em uma democracia ocidental e pedir coisas que ninguém acredita como a paz, justiça e liberdade".
No mesmo livro, o próprio artista diz: "(...)Algumas pessoas se tornam policiais porque querem fazer do mundo um lugar melhor. Algumas pessoas se tornam vândalos porque querem fazer do mundo um lugar visualmente melhor".
Nascido em Bristol, Inglaterra, nos meados dos anos 70, a arte de Banksy é resumida no livro Street Artists: The Complete Guide (pg.15):
Sua capacidade de tratar a rua como uma tela para projetar seu ponto-de-vista anti-guerra, anti-capitalismo e anti-establishment em geral é insuperável, e a habilidade de sua técnica sem misturas e a inteligência visual de suas peças satíricas, ou o seu movimento de destaque em relação a situação de pessoas e povos oprimidos, forçou a arte de rua a ser reconhecida, contra aqueles que desejavam 'limpá-la da face da terra', como uma forma de arte significativa dos nossos tempos.
Em recente viagem aos territórios palestinos, Bansky criou nove imagens no West Bank, o controverso muro que Israel construiu para segregar o povo palestino. O West Bank fica na Cisjordânia. Segundo o The Guardian, "Os sentimentos de Banksy sobre a barreira são explicitados em um comunicado que diz que o muro "essencialmente transforma Palestina na maior prisão aberta do mundo."
Veja alguns dos graffitis de Banksy na região:
Documentário
O documentário multipremiado Exit Through the Gift Shop, dirigido pelo próprio Banksy em 2010, é considerado pelo jornal britânico The Guardian como "impagável e hilário".
FICHA TÉCNICA:
Exit Through the Gift Shop - Direção: Banksy. Paranoid Pictures, 2010.
Bibliografia
Banksy - Guerra e SprayAutor: Banksy; McKenna, Paul
Editora: Intrinseca
Street Artists: The Complete Guide
Eleanor Mathieson (Author), Xavier A. Tápies (Author), Glenn Arango (Photographer) - Graffito Books (November 1, 2009)Banksy at the West Bank barrier (The Guardian)
Site do Artista Banksy: http://www.banksy.co.uk
sábado, 4 de maio de 2013
Jean Michel Basquiat - Peça teatral 'In The Place: Um Lugar para Estar'
Essa semana postamos a vida e obra de Jean Michel Basquiat, um gênio de vida curta. Viveu até os 27 anos. Começou as grafitar mutos do centro e do metrô de Nova York.
O artista americano levou a afro-latinidade de sua arte das ruas para as galerias mais badaladas do Soho novaiorquino.
Nessa mesma semana, o João Luis de Souza, o João do Corujão, postou no Facebook o cartaz virtual da peça teatral 'In The Place: Um Lugar para Estar', que entrará em cartaz na quarta-feira próxima, dia 09 de maio, na próxima quinta, na Cinelândia (RJ).
A peça abordará a vida e obra de Basquiat, desde seus tempos de escola, passando pela exclusão racial e social sofrida pelos negros, a vida nas ruas, o contato com as drogas e o graffiti como 'válvula de escape' para se expressar e como uma forma de estar no mundo, até sua breve vida adulta quando alcançou o sucesso, o reconhecimento público, ganhando muito dinheiro rapidamente e a solidão.
O texto é de Alex Mello, que também é o ator que interpretará Basquiat, e a direção é de Gilberto Gawronski.
Para quem não puder ir, nem preciso dizer que vou lá cobrir e escrever sobre a peça.
Serviço:
Local: Teatro do Centro Cultural Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, 241 - Cinelândia - Rio de Janeiro
Data: de 09 de maio a 06 de junho de 2013
Quartas e quintas às 19 h
Preço: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Direção: Gilberto Gawronski
Texto e Performance: Alex Mello
Site do Centro Cultural: http://www.ccjf.trf2.gov.br
terça-feira, 30 de abril de 2013
Jean-Michel Basquiat
Brooklyn, Nova Iorque, 22 de dezembro 1960
Nova Iorque, 12 de agosto de 1988
Jean-Michel Basquiat pode ser enquadrado na fatídica estatística dos gênios que morreram aos 27 anos de idade. Uma overdose de heroína levou esse talento muito cedo do mundo da criação artística. Aliás, fato curioso, diga-se de passagem, ele não se considerava um artista.
É considerado como o precursor do graffiti contemporâneo e da arte urbana.
De pai haitiano e mãe descendente de porto-riquenhos, Basquiat era autodidata e aficcionado por quadrinhos e desenhos animados e começou pintando cartoons quando criança.
Pintou várias batidas de carro talvez como influência de que aos 7 anos de idade foi atropelado por um carro enquanto brincava na rua. Teve um braço quebrado e lesões internas.
Basquiat iniciou no mundo das artes plásticas através do graffiti. Depois, abriu-se para uma variedade de tipos de tela e suporte, pintando também com muitos tipos de materiais como tinta spray, acrílico, pastel, lápis de cor, aquarela, colagem.
Jean Michel Basquiat, Self-Portrait as a heel |
Basquiat revelou o submundo de Nova York nos muros, vindo depois a alcançar o seu reconhecimento artístico em todo o mundo e em exposições nas mais badaladas galerias. O New York Times (1) diz:"Ele começou a pintar por volta de 1980 e, de repente, alcançou o status de estrela do rock no momento em que o mercado de arte foi crescendo como nunca antes. Comerciantes e colecionadores encheram-lhe com dinheiro o suficiente para ele não saber o que fazer com tanto, permitindo-lhe desfrutar o seu fatal apetite pelas drogas".
Vindo de uma família de classe-média, Basquiat largou os estudos na adolescência e saiu de casa.
Tornou-se uma famoso anônimo ao escrever nos muros do centro de Nova York palavras como "SAMO", que significava 'same old' (a mesma coisa), “pay for soup, build a fort, set that on fire.
Desenvolveu a tag 'SAMO' com os colegas de escola Al Diaz e Shannon Dawson e passou os dois anos seguintes, juntamente com seus colegas, tornando-a pública, marcando através da cidade imagens e textos poéticos que eram frequentemente sarcásticos e bem-humorados, além de políticos.
Assinando como SAMO (Same Old) |
Se tornou um artista produtivo ainda adolescente e se tornou mundialmente famoso aos 23 anos.
Depois do reconhecimento pelas Galerias de arte, continuou pintando espontaneamente em tela, papéis e outros objetos como livros, refrigeradores etc.
Apresentou-se a Andy Warhol em um restaurante, mostrando seu trabalho: foi imediatamente reconhecido como gênio. Os dois fizeram uma série de pinturas colaborativas entre 1983 e 1985.
O Brooklyn Museum diz: "Combinando elementos da diáspora africana com sua própria simbologia, Jean-Michel desenvolveu seu estilo artístico único".
Viajou para a África diversas vezes, incluse realizando uma exposição na Costa do Marfim.
O site da revista de artes gráficas ZUPI, também destaca a importância de sua obra: "(...) Basquiat deixou um legado: trouxe as culturas afro e latino americanas para a elite da arte".
Ele é considerado um talento de criatividade e originalidade excepcionais e é hoje influência marcante na poesia, no cinema e na arte em geral.
O Brooklyn Museum diz: "Combinando elementos da diáspora africana com sua própria simbologia, Jean-Michel desenvolveu seu estilo artístico único".
Viajou para a África diversas vezes, incluse realizando uma exposição na Costa do Marfim.
O site da revista de artes gráficas ZUPI, também destaca a importância de sua obra: "(...) Basquiat deixou um legado: trouxe as culturas afro e latino americanas para a elite da arte".
Ele é considerado um talento de criatividade e originalidade excepcionais e é hoje influência marcante na poesia, no cinema e na arte em geral.
Texto: Álvaro Nassaralla
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Graffitis pelo mundo
terça-feira, 23 de abril de 2013
O grafiteiro Pop - Pioneiro do graffiti nacional
Alex Vallauri
Asmara - Etiópia, 1949
São Paulo - SP, 1987
Alex Vallauri é considerado pioneiro e um dos maiores precursores do graffiti no Brasil.
Nascido na Etiópia, passou a adolescência em Buenos Aires e chegando ao Brasil, cidade de Santos aos 16 anos, Alex teve uma gama de influência realmente difícil de ser encontrada.
O artista plástico com uma de suas botas pintadas no banco da praça Foto: Divulgação / O Globo |
Obras de Alex Vallauri na matéria do Jornal O Globo |
Foi ele quem criou o teaser na arte urbana, no final dos anos 70, ao grafitar botas femininas por diversos pontos da cidade de São Paulo. As figuras amanheciam pintadas e as pessoas não sabiam quem as tinha feito ou de onde surgiram. Depois, ele viajou para vários lugares e mandou cartões postais para amigos com a bota estampada neles.
Foi o primeiro a utilizar o objetos do dia-a-dia no grafitti brasileiro. Além da bota, ficou famoso por conta da 'Rainha do frango assado', personagem criado pelo artista para criticar a classe média da época e o seu consumo baseado em fetiches. A atriz Claudia Raia viveu, dançando e representando a personagem em uma performance na 18a. Bienal Internacional de São Paulo, nos anos 80.
"A Rainha do Frango Assado" Nova York (EUA), 1983 Grafite (estênceis aplicados com spray) Reprodução fotográfica: autoria desconhecida Fonte: Itaú Cultural |
Exposição
"Hoje usa-se com frequência a palavra kitch, mas pouca gente sabe quem foi o precursor dessa arte aqui", disse a comentarista da Globo News, ao divulgar a exposição "Alex Vallauri: São Paulo e Nova York como suporte", com curadoria de João Spinelli.
A exposição abre hoje, terça (23/abril/13), no Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Texto: Álvaro Nassaralla
Fonte: "O Grafiteiro Pop" - Carlos Albuquerque - O Globo (Segundo Caderno) - 13/abril/2013
Links Recomendados:
Alex Vallauri e o inicio do graffiti no Brasil (Blog Subsolo art)
Biografia de Vallauri no site do Itaú Cultural
Assinar:
Postagens (Atom)