terça-feira, 30 de abril de 2013

Jean-Michel Basquiat


Brooklyn, Nova Iorque, 22 de dezembro 1960
Nova Iorque, 12 de agosto de 1988

 

Jean-Michel Basquiat pode ser enquadrado na fatídica estatística dos gênios que morreram aos 27 anos de idade. Uma overdose de heroína levou esse talento muito cedo do mundo da criação artística. Aliás, fato curioso, diga-se de passagem, ele não se considerava um artista.

É considerado como o precursor do graffiti contemporâneo e da arte urbana. 

 


De pai haitiano e mãe descendente de porto-riquenhos, Basquiat era autodidata e aficcionado por quadrinhos e desenhos animados e começou pintando cartoons quando criança.
 
Na infância, sua mãe o levou a Manhattan para ver obras de arte, e matriculou-o como membro junior do Brooklyn Museum of Art (Museu de Arte do Brooklyn ) onde cursou várias disciplinas de arte e de técnicas artísticas ainda muito jovem. 
Pintou várias batidas de carro talvez como influência de que aos 7 anos de idade foi atropelado por um carro enquanto brincava na rua. Teve um braço quebrado e lesões internas.




Seus temas era provocadores e distribuía suas obras em camadas de imagens, iconografia e textos, abordando questões de raça e cultura afro. Por isso, foi precursor não só de um a estética da grafitagem urbana, mas também de uma arte engajada, de forte expressão social e reivindicadora dos direitos dos oprimidos.

Basquiat iniciou no mundo das artes plásticas através do graffiti. Depois, abriu-se para uma variedade de tipos de tela e suporte, pintando também com muitos tipos de materiais como tinta spray, acrílico, pastel, lápis de cor, aquarela, colagem.

Jean Michel Basquiat, Self-Portrait as a heel


Basquiat revelou o submundo de Nova York nos muros, vindo depois a alcançar o seu reconhecimento artístico em todo o mundo e em exposições nas mais badaladas galerias. O New York Times (1) diz:

"Ele começou a pintar por volta de 1980 e, de repente, alcançou o status de estrela do rock no momento em que o mercado de arte foi crescendo como nunca antes. Comerciantes e colecionadores encheram-lhe com dinheiro o suficiente para ele não saber o que fazer com tanto, permitindo-lhe desfrutar o seu fatal apetite pelas drogas". 

Vindo de uma família de classe-média, Basquiat largou os estudos na adolescência e saiu de casa.

Tornou-se uma famoso anônimo ao escrever nos muros do centro de Nova York palavras como "SAMO", que significava 'same old' (a mesma coisa), “pay for soup, build a fort, set that on fire.

Desenvolveu a tag 'SAMO' com os colegas de escola Al Diaz e Shannon Dawson e passou os dois anos seguintes, juntamente com seus colegas, tornando-a pública, marcando através da cidade imagens e textos poéticos que eram frequentemente sarcásticos e bem-humorados, além de políticos.


Assinando como SAMO (Same Old)

Se tornou um artista produtivo ainda adolescente e se tornou mundialmente famoso aos 23 anos.

Depois do reconhecimento pelas Galerias de arte, continuou pintando espontaneamente em tela, papéis e outros objetos como livros, refrigeradores etc.
 


 
Apresentou-se a Andy Warhol em um restaurante, mostrando seu trabalho: foi imediatamente reconhecido como gênio. Os dois fizeram uma série de pinturas colaborativas entre 1983 e 1985.

O Brooklyn Museum diz: "Combinando elementos da diáspora africana com sua própria simbologia, Jean-Michel desenvolveu seu estilo artístico único".

Viajou para a África diversas vezes, incluse realizando uma exposição na Costa do Marfim.

O site da revista de artes gráficas ZUPI, também destaca a importância de sua obra: "(...) Basquiat deixou um legado: trouxe as culturas afro e latino americanas para a elite da arte".

Ele é considerado um talento de criatividade e originalidade excepcionais e é hoje influência marcante na poesia, no cinema e na arte em geral.

Texto: Álvaro Nassaralla


DOCUMENTÁRIO:  Jean-Michel Basquiat: The Radiant Child , dirigido por Tamra Davis

 
 
 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Graffitis pelo mundo

Imagens cedidas pelo nosso colaborador, Bernardo Kvapil, que viaja pelo mundo produzindo eventos.
 
 
Foto: Bernardo Kvapil

Foto: Bernardo Kvapil

Muro de mirante em Lisboa (Portugal)
Foto: Bernardo Kvapil

Autor: Sonic
Foto: Bernardo Kvapil

terça-feira, 23 de abril de 2013

O grafiteiro Pop - Pioneiro do graffiti nacional


Alex Vallauri
Asmara - Etiópia, 1949
São Paulo - SP, 1987


Alex Vallauri é considerado pioneiro e um dos maiores precursores do graffiti no Brasil.


Nascido na Etiópia, passou a adolescência em Buenos Aires e chegando ao Brasil, cidade de Santos aos 16 anos, Alex teve uma gama de influência realmente difícil de ser encontrada.


O artista plástico com uma de suas
botas pintadas no banco da praça
Foto: Divulgação / O Globo

Obras de Alex Vallauri na
matéria do Jornal O Globo


Foi ele quem criou o teaser na arte urbana, no final dos anos 70, ao grafitar botas femininas por diversos pontos da cidade de São Paulo. As figuras amanheciam pintadas e as pessoas não sabiam quem as tinha feito ou de onde surgiram. Depois, ele viajou para vários lugares e mandou cartões postais para amigos com a bota estampada neles.

Foi o primeiro a utilizar o objetos do dia-a-dia no grafitti brasileiro. Além da bota, ficou famoso por conta da 'Rainha do frango assado', personagem criado pelo artista para criticar a classe média da época e o seu consumo baseado em fetiches. A atriz Claudia Raia viveu, dançando e representando a personagem em uma performance na 18a. Bienal Internacional de São Paulo, nos anos 80.



"A Rainha do Frango Assado"
Nova York (EUA), 1983
Grafite (estênceis aplicados com spray)
Reprodução fotográfica: autoria desconhecida
Fonte: Itaú Cultural


Exposição

"Hoje usa-se com frequência a palavra kitch, mas pouca gente sabe quem foi o precursor dessa arte aqui", disse a comentarista da Globo News, ao divulgar a exposição "Alex Vallauri: São Paulo e Nova York como suporte", com curadoria de João Spinelli.

A exposição abre hoje, terça (23/abril/13), no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Texto: Álvaro Nassaralla


Fonte: "O Grafiteiro Pop" - Carlos Albuquerque - O Globo (Segundo Caderno) - 13/abril/2013




Links Recomendados:

Alex Vallauri e o inicio do graffiti no Brasil (Blog Subsolo art)
 
Biografia de Vallauri no site do Itaú Cultural


 

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